Artigo
Tenho presenciado muitos juízes presidindo pessoalmente as audiências de conciliação e, por experiência própria, confesso que não me parece uma boa solução.
As partes, muitas vezes, já inflamadas com o seu direito violado, se comportam na frente do juiz como gladiadores, por entender ter razão, não querem entabular acordo.
Com alguns colegas advogados, não é diferente, pois muitas não são as queixas de clientes, no argumento de substituí-los, pois o advogado “não brigou” por ele na audiência, se apequenando no trato com a parte contrária.
Entretanto, já na presença de um conciliador bem preparado e alertando às partes de que o juiz não terá acesso as gravações, pois o intuito da audiência é solucionar o conflito, independentemente do que se diga no ato, consegue, muitas vezes apaziguar os ânimos e, caso não entabule acordo naquele momento, direcionar um caminho para futura conversa entre as partes e seus respectivos advogados.