Artigo

08/02/2025
Autor: Renata Soltanovitch
Advogado como terceiro cumplice
ética

Não estamos aqui escrevendo sobre aquele advogado que, por motivos alheios, se envolve com a atividade ilícita de seu cliente. Aqui estamos analisando o advogado que junta, em um processo judicial que já tenha advogado constituído, uma procuração que lhe foi outorgada, sem que a anterior tenha sido revogada ou que seu colega advogado tenha recebido seus honorários. Sabemos que a relação entre advogado e cliente é de confiança, mas é necessário esclarecer que essa conduta ocasiona infração disciplinar e ainda a responsabilidade civil por dever de respeito na relação contratual com o outro colega advogado que foi inicialmente constituído. Entendo, ainda, que tal conduta pode gerar um dano por interferir naquele negócio anteriormente celebrado.